Palavras de Alento

30 de jun. de 2010

A história secreta da Mulher Só e do Homem Sem Tempo

Capítulo IX

Após ter descoberto que o Homem Sem Tempo era comprometido, a Mulher Só ficara desolada. Saiu às pressas do estúdio, com a mente em turbilhão. Naquele momento passou pela sua cabeça, o breve filme de suas vidas: O ideal comum que os unira no passado em prol de um mundo mais justo, a admiração que crescia à medida que o conhecia um pouco mais, os olhares discretos que trocavam durante as reuniões do grupo, e o abraço à porta de sua casa. Foi a única vez que se tocaram. Não esperava por aquela reação dele. Após uma reunião, os membros do grupo foram embora e ele acompanhou-a até sua casa. Foram caminhando, conversando sobre os projetos do grupo para os próximos anos. Ao chegarem à casa da Mulher Só, ele ofereceu-lhe um abraço. Ela ficou surpresa, mas não pensou em recuar. Abraçou-o, receosa de que alguém aparecesse, pois certamente ninguém interpretaria aquela cena como um fraternal cumprimento entre camaradas.

Não, não fora um abraço fraterno. Pode sentir o calor do corpo dele, seu perfume, e ali teve certeza de que aquele homem realmente mexia consigo. E talvez fosse correspondida. Mas não permitiu que ultrapassassem esse limite. Despediu-se, meio sem graça, e ele se foi.

Após anos de expectativas e desencontros, agora que chegara tão perto de estar com ele, se deparara com aquela fotografia de casamento, que seus olhos viram, mas seu coração recusava-se a acreditar.

Deveria ter imaginado isso antes, mas sempre achou que o trabalho absorvesse seu tempo, afinal vida de médico é sempre muito sacrificada, com os plantões, pacientes, consultório. Lembrava perfeitamente que ele era solteiro à época das reuniões do grupo.

Mas agora que sabia, as peças encaixavam perfeitamente, pois nada absorve mais o tempo de um homem do que uma família. Pra sua tristeza, não havia mais nada o que fazer, a não ser esquecer, a não ser desistir desse amor que, definitivamente, se tornara impossível.


To be Continued

5 Recadinhos

Anônimo

comentou...

As histórias nunca terminam...apenas demos pausas nelas. Por isso existe a tecla "pause".
Pausadamente, deixa o tempo seguir, o homem sem tempo, a vida corrida, e o rio, com todo o seu curso. As pedras vão rolar...Bj. Juba

30 de junho de 2010 às 23:22
Responder
Carol

comentou...

Caramba,cada vez que eu leio um pouco dessa história,mais interessante fica,e menos no amor eu acredito...

1 de julho de 2010 às 11:54
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Anônimo

comentou...

Mulher carente dá nisso!!Basta tá só p se meter em encrenca!!"nunca" é triste...então..."exitem possibilidades"...posta mais aposto q é recíproco!!!

1 de julho de 2010 às 13:48
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Anônimo

comentou...

Lembrei do tocar dos corpos na esquina fim de mundo. Quero mais MS e HsT. Te adoro. Beijos.

1 de julho de 2010 às 18:29
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Paty Michele

no comando :)

Ai, ai, ng merece esses comentários anônimos, sem assinatura... nem sei pq publico...

1 de julho de 2010 às 20:17
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