Palavras de Alento

31 de jan. de 2011

Dormindo Acompanhada

Estava me preparando pra dormir e naquela noite havia dois cachorros, uma pata e dois ratos em cima da minha cama.
Ele entrou no quarto correndo, já de pijama, procurando algo com os olhos.
- Cadê o Dondi, mamãe?
Sem falar nada, enquanto escovava os dentes, apontei para um canto onde o Pato Donald estava jogado. Ele correu naquela direção, pegou o brinquedo e subiu rápido na minha cama. 
Juntando-o aos outros brinquedos e aninhando-se nos meus travesseiros, disse:
Ele também quer dormir com você!

19 de jan. de 2011

Janeiro

Perdoem a ausência. Ando mesmo muito preguiçosa, e embora não me falte inspiração, preciso aproveitar bem os últimos 18 dias de férias que me restam.
Enfim, mês de janeiro é assim, após tantas festas e sob o sol maravilhoso que tem feito em Salvador, até meu computador anda meio lento...

(Posso não ter o melhor emprego do mundo, mas estar de férias em pleno verão não é o sonho de qualquer trabalhador?)

15 de jan. de 2011

Três Oitão

Nesta data, no ano de 1973, às 14:15, eu vim ao mundo. Conta-se que foi o dia em que meu pai, então com 19 anos, vendeu sua lambreta para comprar o meu enxoval. Nunca o ouvi falar que se arrependera de ter feito a venda daquilo que representava, para ele, mais que um meio de transporte. Entretanto, sempre dizia que, ao nascer, eu parecia uma lagartixa.
Como vocês podem comprovar, aos dois anos de idade a lagartixinha estava mais bem apessoada, porém, já dava sinais de que não seria uma pessoa muito fácil. Naquela época eu não achava graça nenhuma em sorrir para fotógrafos. Hoje isso passou, sou toda sorrisos quando se fala em flashs!
Com relação ao meu aniversário, parece que todos os anos, no 15º dia do mês de janeiro, aquela menina emburradinha se encontra com a mulher adulta que completa mais uma primavera (não entendo porque se diz primavera se eu nasci em pleno verão, mas tudo bem...).
Tenho a impressão que, ao me olhar com essa carinha zangada, ela me diz: “Te dei tanto tempo, por que você não fez as coisas de outra forma?”. E eu que, como dizem meus irmãos, costumo “botar panos quentes” em tudo, abraço aquela menininha, peço-lhe perdão e digo que estou feliz com o caminho que construí, embora saiba que podia ter dado um destino melhor a ela.
Por isso termino esse post com uma frase do Chico Xavier que diz assim:

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, 
qualquer um pode começar agora e fazer um novo final". 

Então, prometo à emburradinha me esforçar para mudar o que for preciso agora, de modo que tenhamos um final muito, mas muito feliz.

Comemorem comigo!

12 de jan. de 2011

Verdade

Costumo ser uma pessoa sincera. Quem me conhece sabe que eu falo mesmo, "na lata"! Isso já me colocou em situações constrangedoras, já me rendeu apelidos infames, e por diversas vezes precisei desculpar-me por ferir os outros com meus excessos. 
Geralmente as pessoas preferem os discretos, os contidos e até os que mentem pra não magoar. Eu não. Eu exijo na medida em que dou, e faltar com a verdade comigo é uma verdadeira "pisada na bola".
Eu ajo dessa forma porque todas as vezes em que faltei com a verdade, ou deixei de ser sincera com quem amava, algo muito grave aconteceu. Com isso eu aprendi que magoar os outros, às vezes, dói mais na gente. 
A falta de controle sobre nossas atitudes podem render maus momentos, por isso acredito que nenhuma relação se constrói a partir de uma mentira. Para mim é impossível ser feliz assim. Da mesma forma que não consigo conceber construirmos nossa felicidade em cima do sofrimento do outro. (Daí advém a minha aversão às amantes. Se bem que, de uns tempos pra cá, estou pegando mais leve com elas, deve ser influência da mídia, ou da minha convivência com pessoas livres.) 
A liberdade é uma coisa encantadora, é excitante e deve ser vivida plenamente. Mas não nos esqueçamos de pensar no outro e ter com a verdade sempre. Do começo ao fim.

5 de jan. de 2011

A história secreta da Mulher Só e do Homem Sem Tempo

Capítulo XX

Quase não pregara os olhos na noite anterior, ansiosa pelo dia que insistia em não raiar. Tomou um comboio logo cedo e chegou a Lisboa bem antes do combinado. Estava nervosa. Ansiava por revê-lo, mas ainda temia o que pudesse acontecer.
Adentrou o Hotel Tivoli, e logo o viu sentado num sofá, de frente para a porta. Recebeu-a com um sorriso enorme e um caloroso abraço.
- Como vai, minha querida?
- Melhor agora – respondeu sorrindo, enquanto encaminhavam-se para a saída.
Ele havia alugado um carro e a levou para almoçar num restaurante próximo à praia. Beberam vinho e conversaram animadamente. Ela quase não comeu, olhava pra ele como nunca o fizera, penetrando em seu olhar. 
Em dado momento, não conteve-se e num ímpeto, tocou seu rosto, dizendo:
- Eu amo essas rugas em torno dos seus olhos.
Aquilo soou estranho, até mesmo pra ela. Não queria dizer que tinha reparado que ele havia envelhecido, mas ressaltar a beleza da maturidade dele. Uma maturidade que ela admirava por se refletir nas atitudes e na conversa dele, não apenas no rosto.
- Ama? – perguntou, fitando-a com malícia no olhar, trazendo-a de volta de seus devaneios.
Riu e desviou o olhar. Não conseguiria explicar-se, por isso nem tentou. Riram juntos e após o almoço caminharam um pouco pela calçada, até o local onde o carro estava parado. Ela consultou o relógio. Passava das 3 da tarde.
- E o congresso?
Ele deu de ombros, aproximou-se, e ela percebeu que não havia mais saída. Precisava se posicionar, mas sentia medo:
- Eu preciso voltar.
- Tem certeza? – ele recuou, olhando-a nos olhos
Antes que respondesse com a sinceridade que seu coração pedia, ela fechou os olhos e balançou a cabeça afirmativamente. Entraram no carro e foram em direção à estação. Conversaram pouco no trajeto. Ele lançou-lhe olhares extremamente perturbadores, e ela, apesar de sentir-se encurralada, sabia que não poderia adiar mais aquele momento.
Quando ele parou o carro, ela pensou em sair rápido, logo após agradecer pelo almoço e pela companhia, mas ele enlaçou-a pelo pescoço e beijou-a de forma intensa.
Não houve como fugir, só lhe restou entregar-se e corresponder àquele beijo ansiado, profundo e marcante, que selou o início da história de um grande amor.


To be continued

2 de jan. de 2011

Ano Novo, Blog Renovado

Aproveitei a empolgação da retirada dos enfeites natalinos da casa (não, eu não espero o dia dos Santos Reis) e fiz o mesmo com minha morada virtual.


Uma mexidinha no visual de vez em quando faz bem, né?
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